Eletrobrás

Rombo das federalizadas na Eletrobras foi de meio bilhão





Mais de meio bilhão de reais. É esse o tamanho do rombo que as seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras causaram na estatal no ano de 2010, segundo balanço divulgado em maio.

Ao assumir essas frágeis e desestruturadas empresas, a Eletrobras herdou não apenas a tarefa inglória – e que se mostra cada vez menos possível – de reequilibra-las, mas também todo o passado de desmandos de suas gestões responsável pela situação de limite atual.

Os auditores independentes da PricewaterhouseCoopers foram categóricos no relatório do balanço ao registrar que o quadro é de dúvida em relação à continuidade operacional das seis federalizadas, entre elas, a nossa antiga Ceal.

É um problemão este que a Eletrobras tem em mãos, o de administrar um prejuízo de R$ 550 milhões entre passivos e ativos circulantes nas distribuidoras. E não é à toa, após um resultado como este, que o tema privatização vem ganhando tanta força e ficando tão frequente nos últimos meses, inclusive nos próprios discursos do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

A direção da holding está mais do que ciente das dificuldades em resolver o problema com rapidez, já que o ambiente público é bem diferente do privado. O problema é que essas empresas precisam de celeridade.
Talvez não haja tempo para devolver saúde financeira e operacional a essas companhias.

Além disso, tem um ingrediente novo na história toda, a concessão para distribuição de energia de todas elas, inclusive da ex-Ceal, vence em 2015. É mais um elemento que conspira em favor de uma mudança radical em relação às elétricas federalizadas.

Vale lembrar mais um dado preocupante, a dívida das distribuidoras dos Estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Rondônia, Piauí e Roraima somam, aproximadamente, R$ 1,5 bilhão.
Em entrevista ao jornal Valor, o representante dos acionistas minoritários da Eletrobrás, Arlindo Magno, defendeu uma espécie de “privatização branca” das distribuidoras. A ideia é criar uma holding de distribuidoras, que emitiria ações no Novo Mercado da BM&F/Bovespa.

Diante de um quadro como este, é bem difícil que a Eletrobras não leve mesmo adiante a ideia da privatização, que, parece hoje a solução mais viável para essas empresas. Apesar dos movimentos contrários que já começam a surgir, como noticiou o jornalista Ricardo Mota em seu blog ontem, o único obstáculo à venda das federalizadas é o ranço “anti-privatista” que o governo do PT ainda carrega.


Fonte: http://blog.tudonahora.com.br/moedacorrente/

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